Reciclagem de Pneus: conheça seus usos

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Reciclagem de Pneus – o renascimento de uma cadeia

Por mais de duas décadas, e não estamos falando de Brasil, era comum assistir na TV a imagens de imensos depósitos de pneus usados nos Estados Unidos e Europa, que por vezes se incendiavam, causando incalculáveis danos ambientais e por vezes até mesmo tomando a vida de funcionários de aterros e ferros-velhos.

Com o avanço e barateamento das tecnologias de reciclagem de pneus, os imensos depósitos passaram a ser uma matéria-prima valiosa para toda uma nova indústria que surgiu. Com a reciclagem de pneus, novas marcas e fábricas apareceram, e também empresas que produziam itens completamente diferentes passaram a ver as

reciclagem de pneus

Reciclagem de Pneus

vantagens do uso de material reaproveitado e moído em suas linhas de produção.

Basicamente, há duas maneiras de reciclagem de pneus usados: ou eles podem ser reformados, retornando à frota; ou eles podem ser moídos, servindo como matéria-prima para uma enorme gama de setores.

Reformando pneus

A reciclagem de pneus pode gerar economias não apenas ao ambiente e ao fabricante, mas também aos usuários e clientes. Parte dos pneus descartados, obedecendo a certas condições de reuso, é reformada. Reformar um pneu implica na reposição ou substituição da chamada “banda de rodagem”, a parte do pneu que fica em contato com o asfalto. O processo foi criado com o intuito de reduzir os desperdícios, aproveitando pneus descartados e deixando de produzir algum volume de itens novos. Contudo, como efeito colateral positivo, esse mercado gerou possibilidades de pneus mais baratos para clientes e consumidores.

A principal vantagem da reciclagem de pneus por meio de sua reforma é a menor quantidade de borracha virgem (sintética ou não) empregada no processo produtivo. Segundo a Associação Brasileira do Segmento de Reforma de Pneus (ABR), utiliza-se apenas 20% do material necessário para um pneu novo.

A entidade ainda sustenta que o Brasil é o segundo maior mercado de reforma de pneus, perdendo apenas para os Estados Unidos, com mais de 8 milhões de pneus reformados ao ano para a linha de ônibus e caminhões (os maiores clientes da reciclagem de pneus). O custo desses pneus reformados pode ser até 70% inferior ao de pneus novos, com uma vida útil próxima.

Usos surpreendentes

O restante do processo de reciclagem de pneus basicamente passa pela etapa de moagem dos pneus velhos, para homogeneização do produto e posterior venda a uma série de segmentos. Há usos extremamente inusitados para pneus velhos moídos, e em alguns deles o insumo é essencial para garantir rendimento e performance. A borracha moída é empregada em muitos setores industriais, com destaque para:

  • Fornos industriais – principalmente usada por cimenteiras em seus fornos, a borracha moída possui um alto poder calorífico e é utilizada em substituição ao coque de petróleo, possuindo um rendimento e calor líquido superiores ao do carvão convencial e muito próximo ao do coque de petróleo, em milhões de BTU por tonelada.
  • Pavimentação – o pó-de-borracha oriundo da reciclagem de pneus pode ser adicionado à massa asfáltica em obras de pavimentação. Com a mistura, aumenta-se a vida útil da camada asfáltica, o ruído de passagem é reduzido, bem como o aparecimento de falhas e buracos.
  • Artefatos – a borracha moída dá origem a uma série de artefatos, entre eles tapetes para autos, pisos industriais e pisos de quadras poliesportivas.

Pontos de coleta

A reciclagem de pneus possui, no entanto, um pequeno inconveniente: o espaço. Por ser um produto de grande volume, seu acondicionamento até que possa ser processado ocupa espaço valioso. Para tanto, há pontos específicos de coleta no país. De acordo com a Reciclanip, programa de reciclagem de pneus criado pela associação das empresas produtoras de pneus novos (Anip), hoje há 824 pontos de coleta de pneus no país. Contudo, consumidores finais pode também entregar seus pneus antigos em grande parte das borracharias do Brasil.

A existência desses pontos evita a proliferação de depósitos clandestinos. Desde o início do programa, alguns desses depósitos ilegais, uns com mais de 100 mil pneus e um deles com 10 milhões de pneus usados, fora fechados.

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